sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Corrida do Tejo - Algés

Neste local dá-se todos os anos a partida para a Corrida do Tejo.

A seguir compilei um conjunto de dados que considero importantes para um melhor entendimento desta vila.

Algés é uma freguesia portuguesa do concelho de Oeiras, com 1,92 km² de área e 19 540 habitantes (2001). Densidade: 10 124,4 hab/km².

Algés foi elevada a vila em 16 de Agosto de 1991, tendo a freguesia sido oficialmente criada em 11 de Junho de 1993, por desmembramento da freguesia de Carnaxide. Não obstante, é lugar antiquíssimo, como se demonstra pela sua etimologia árabe (al-geis, «o giz», demonstrando a existência de jazidas onde se procedia à extracção de giz no tempo da ocupação muçulmana da Península Ibérica e em períodos anteriores).

Faz fronteira, a Leste com o concelho de Lisboa (freguesia de Santa Maria de Belém a Sudeste e de São Francisco Xavier a Nordeste); a Norte com Carnaxide, a Noroeste com Linda-a-Velha, a Sudoeste com a Cruz Quebrada - Dafundo, e a Sul limita com o Rio Tejo.

Mapa de Algés clique aqui


História de Algés - retirado na íntegra do site da Junta de Freguesia de Algés (bem hajam!!!)


Súmula histórica de Algés

Algés, como muitas toponímias portuguesas, é um nome de origem árabe, derivando da palavra "algeis".

Com mais de oito séculos no vocabulário luso, foi D. Afonso Henriques quem usou primeiro o seu actual nome ao fazer constar, nos documentos do novo reino de Portugal, a expressão Reguengo de Algés para identificar a parte que vai de Alcântara ao Jamor.

A primeira sede de freguesia a que pertenceu Algés foi a de Nossa Senhora dos Mártires (ao Chiado), igreja nessa época situada fora das muralhas e a segunda, depois da Sé, freguesia cristã. Muitos anos depois a freguesia mudou a sua sede para a Ermida de Santa Catarina, erguida no alto de Ribamar, e mais tarde, no século XVI, para São Romão, em Carnaxide.

Ainda no século XVI, mais ou menos por volta do ano de 1559, inicia-se o desenvolvimento do litoral do reguengo para o que muito contribuiu a doação dos terrenos, pelo fidalgo D. Francisco de Gusmão, aos Frades Arrábicos (Franciscanos da Serra da Arrábida) que não só desenvolveram a agricultura, as vias de comunicação e a vida religiosa, como ergueram, entre outros, o Convento de S. José de Ribamar.

CruzeiroNo ano de 1605 segundo inscrição em latim que ostenta, foi erguido algures na zona de Algés um Cruzeiro de mármore, por ventura com o objectivo de servir de marco às embarcações para ficarem de quarentena como medida de protecção a Lisboa contra a peste trazida de outros locais. Deslocado do seu primitivo lugar, conforme outra inscrição ("Mudou-se em 1727"), este Cruzeiro encontra-se hoje colocado junto ao Palácio de Ribamar e constitui uma das principais referências históricas de Algés, tendo sido, mesmo, incluído no Brazão da Freguesia.

Capela de Nossa Senhora do CaboPalácio RibamarEm 1728 numa propriedade, que descia a encosta de Ribamar, mandou o Conde de Vimioso construir o Palácio de Ribamar para residência familiar e centro de uma pequena Corte. Foi ainda neste período áureo que um devoto, Luís Tomé, mandou construir em meados do séc. XVIII, em Algés de Cima, a Capela de Nª Srª do Cabo, que ainda hoje existe, constituída por uma só nave, com coro e onde se destaca o altar com a imagem de Nª Srª do Cabo.

Contudo, por volta do século XVIII e princípios do século XIX todo este belo cenário se degradou devido ao desvio das águas e ao confisco dos bens das ordens religiosas em proveito da fazenda pública o que motivou a saída dos frades tendo o Convento e as suas terras sido vendidas em 1837.

Palácio Foz (Quinta de S. José de Ribamar)Depois de diversos proprietários, o Conde de Cabral, em 1872, comprou tudo o que restava e fez a muralha e a bela construção dum palacete de airosas linhas, que ficou a chamar-se o Palácio Foz, que ainda hoje se pode contemplar na dianteira da encosta de Ribamar.

Palácio AnjosNo fim do século XIX foi edificado por Policarpo Anjos, para sua residência particular, nuns terrenos comprados aos senhores Condes de Cabral o Palácio Anjos, recentemente objecto de obras de reabilitação, manteve o seu carácter histórico, tornando-se num novo espaço de cultura, tendo dado lugar ao Centro de Arte Manuel de Brito, materializada na sua colecção particular, prevendo-se ainda desenvolver exposições temporárias e a promoção de actividades de natureza transdisciplinar no contexto artístico contemporâneo.

A praia, vista da varanda do Palácio Foz (Quinta de S. José de Ribamar)Veio depois a linha do caminho de ferro (1889) e a do eléctrico (1901) e Algés passou a crescer rapidamente deixando de ser uma aldeia saloia para se tomar num arrabalde em franco crescimento. No entanto, só em 1991 Algés é elevada a Vila e em 1993 a Freguesia do concelho de Oeiras, sendo hoje, como diz Levy N. Gomes, no seu livro "Algés ao longo dos tempos", "...uma das Vilas do Município que reúne melhores condições para se afirmar, cada vez mais, num dos pólos de desenvolvimento do Concelho...".

Avenida dos Combatentes da Grande Guerra - Algés
Avenida dos Combatentes da Grande Guerra - Algés
Praça de Touros de Algés
Praça de Touros de Algés
Avenida Marginal - Algés
Avenida Marginal - Algés
Um aspecto da Praia de Algés à hora de almoço
Um aspecto da Praia de Algés à hora de almoço
Rua Major Afonso Palla - Algés
Rua Major Afonso Palla - Algés
Vista parcial do Algés moderno
Vista parcial do Algés moderno

FONTES:
  • Colaço, Branca de Gonta - Memórias da linha de Cascais
  • Gomes, Levy Nunes - Algés ao longo dos tempos
  • Freitas, Maria Brak-Lamy Barjona de - A terceira freguesia católica de Lisboa e a sua sede.

Próxima etapa: Cruz Quebrada

Bons treinos!!!

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