quarta-feira, 7 de novembro de 2007

7 de Novembro - 1ª Parte

Nazaré-praia
A Praia da Nazaré é de origem relativamente recente, pois ainda no século XVII o mar vinha bater nos contrafortes da Serra da Pederneira, cobrindo toda a área hoje ocupada pela praia e pelo casario. As rápidas transformações geológicas ocorridas ao longo desse século provocaram o recuo do mar e o assoreamento da área, deixando a descoberto a formosa enseada. As primeiras referências sobre a pesca na Nazaré datam de 1643, no entanto, só no final de setecentos a população se começou a fixar no areal. Os pescadores habitavam, sobretudo, nas partes altas - Sítio e Pederneira - dado que os constantes ataques dos piratas argelinos e holandeses tornavam o areal pouco seguro.A Nazaré começou a ser conhecida e procurada, como praia de banhos, em meados do século XIX. A sua beleza natural e tipicismo desde sempre atraíram os visitantes. A pesca, a transformação do pescado e a sua venda, foram ao longo de quase todo o século XX, as principais actividades da população. A dureza e perigosidade da vida do mar levaram muitos pescadores a procurarem uma vida melhor noutras paragens. A construção do Porto de Pesca e Recreio, no início da década de oitenta, veio alterar e melhorar a vida dos pescadores, iniciando uma nova fase no quotidiano da vila.Na década de 60, a Nazaré começou a ser conhecida internacionalmente. Visitada anualmente por milhares de turistas nacionais e estrangeiros, a Nazaré é hoje uma vila moderna e sempre animada.


Valado dos Frades
Vila situada a 6km da Nazaré, junto à linha férrea do Oeste e ao nó de acesso da A8, é a segunda maior freguesia do concelho, com cerca de 3400 habitantes, distribuídos por 19,3 Km2.Achados arqueológicos atestam a ocupação romana da zona, no entanto, o povoamento da vila parece só ter começado, efectivamente, no século XIII, com a drenagem do Paúl da Cela a pedido do Rei D. Dinis.O Valado pertencia aos Coutos de Alcobaça e foi povoado e desenvolvido pelos monges bernardos.A origem do nome Valado deriva de “velado” ou de “velar”, por existir neste lugar um monge encarregado de vigiar ou velar pelos campos pertencentes ao Mosteiro, segundo a opinião de alguns estudiosos; segundo outros, o topónimo deriva de “vallo” ou “vallu”, palavra latina que tanto pode significar defesa como trabalho de irrigação ou divisória de terrenos.A presença dos frades deixou marcas visíveis na vila para além do nome da localidade. Foram os cistercienses os grandes impulsionadores da drenagem dos campos (antigos pântanos e pauis, deixados pelo recuo do mar, que outrora cobrira a região), e da sua adaptação à agricultura. Aqui instalaram uma das 10 granjas agrícolas dos coutos, na qual fundaram, no século XIV, uma “Escola de Engenharia Hidráulica e Agrícola”, na Quinta do Campo - hoje transformada numa belíssima unidade de turismo de habitação.O Valado actual é uma vila dinâmica, onde a exploração agrícola intensiva - nomeadamente da cenoura – é a base económica da população, sendo a indústria da cerâmica, porcelana e faiança (utilitária e decorativa), o outro grande pólo de desenvolvimento da freguesia.Desportiva e socialmente bastante activa, a vila dispõe das infra-estruturas necessárias à prática de várias modalidades: hóquei em patins; patinagem; basquetebol e futebol de salão. As associações culturais e recreativas desempenham um papel importante na vida dos valadenses, nomeadamente a BIR - Biblioteca de Instrução e Recreio.

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